Estação de Tratamento de Água (ETA): Quando Descobri que a Saga do Saneamento Tinha um Segundo Capítulo

Eu, inocentemente, achei que depois de resolver a questão da nossa ETE, meus dias de “engenheira amadora” tinham acabado. Eu entendia o caminho do esgoto para fora de casa. Mas um dia, lendo uma matéria sobre a seca no nosso sistema de represas, me dei conta de uma coisa óbvia e apavorante: eu não sabia nada sobre o caminho da água para dentro de casa. Começava o capítulo dois: a Estação de Tratamento de Água (ETA).
O Copo d’Água que Perdeu a Inocência
O erro foi o de sempre: a gente só se preocupa com o que vê ou com o que cheira. A água que saía da minha torneira era límpida, inodora. Parecia perfeita. O desafio passou a ser entender o que acontecia antes de ela chegar ali. Que tipo de “sujeira” ela tinha na origem? Que “tratamento” ela recebia? Olhei para um copo de água na minha mão, a luz do sol da cozinha atravessando o vidro. E, pela primeira vez, vi aquilo não como um simples copo de água, mas como o resultado final de um processo industrial gigantesco e invisível.
O Outro Lado da Tubulação
A dica que deixo hoje é um convite à curiosidade. Procure saber de onde vem a água da sua cidade. Qual a represa? Qual a Estação de Tratamento de Água (ETA) responsável? Assim como nos preocupamos com a origem dos nossos alimentos, deveríamos nos preocupar com a origem e o tratamento da nossa água. Aquela matéria no jornal foi o meu despertar. Percebi que minha jornada pelo saneamento estava incompleta. Eu tinha cuidado do “lixo”, agora precisava entender o “luxo”: o luxo de abrir uma torneira e ter água potável, limpa e segura. Uma mágica que eu estava determinada a desvendar.